Novo grupo terapêutico com argila emociona pacientes de Psiquiatria no Hospital de Base
Na última quinta-feira (17), a ala de Psiquiatria do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) recebeu um novo grupo terapêutico voltado para pacientes internados. A atividade, promovida por profissionais do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) em parceria com voluntários do Serviço Auxiliar de Voluntários (SAV), utiliza a arteterapia com argila para estimular a comunicação e a expressão emocional dos pacientes.
O objetivo do grupo é proporcionar um espaço acolhedor, onde os pacientes possam canalizar suas angústias de forma criativa. As sessões, realizadas semanalmente, já mostraram resultados emocionantes, surpreendendo até a equipe de profissionais. “Estávamos apreensivos com a adesão ao grupo, devido ao perfil clínico dos pacientes, mas superou nossas expectativas”, afirmou a enfermeira Rafaela Barreiros, da Psiquiatria.
Rafaela destacou o caso de Marcos, um paciente idoso com comprometimento psíquico, que se concentrou profundamente na atividade e expressou satisfação ao concluir sua obra: “Quando ele terminou a xícara, o sorriso em seu rosto foi gratificante para toda a equipe.”
O apoio dos voluntários também foi fundamental para o sucesso da atividade. Vanderlícia Rodrigues, voluntária do SAV, observou que a atividade com argila resgata memórias afetivas, especialmente entre os pacientes mais velhos: “A massinha de argila lembra momentos da infância, como amassar pão. Isso traz à tona memórias boas, algo essencial para esses pacientes.”
Outra voluntária, Gil Alves, ressaltou a importância terapêutica da atividade: “Enquanto moldavam a argila, os pacientes começaram a lembrar e compartilhar memórias, o que trouxe momentos de lucidez e conforto.”
A iniciativa é uma aposta na transformação pela arte e no fortalecimento dos laços entre profissionais e pacientes, permitindo que eles enfrentem suas jornadas de recuperação com mais esperança e expressão emocional. O IgesDF segue comprometido em promover essas iniciativas, que não só moldam objetos, mas também histórias e sentimentos.