Homem é indiciado por usar atestado falso para folgar no Réveillon
Um atestado médico falso utilizado por um trabalhador para folgar no Réveillon virou caso de polícia em Caldas Novas (GO). Ele foi indiciado por uso de documento público falso, após o patrão suspeitar de inconsistências e denunciar o caso à Polícia Civil de Goiás (PCGO).
A investigação descobriu, dentre outras coisas, que o homem utilizou um papel com o timbre da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, no qual continha o carimbo de um médico que já não atendia mais no local havia sete anos.
A falsificação ficou ainda mais evidente, com o avanço da investigação. O médico, cujo nome aparece no documento, foi procurado pelo delegado responsável pelo caso. Além de não trabalhar mais no local, ele informou que não havia atendido o paciente e que, na data do atestado, estava fora da cidade.
O documento foi entregue pelo trabalhador no Departamento de Recursos Humanos da empresa no dia 30 de dezembro de 2021 e estipulava 10 dias de folga. O que levantou a suspeita imediata do patrão foi o fato de que havia, somente, o carimbo do médico, sem assinatura.
Registro profissional errado
Já na inscrição do carimbo, um erro foi descoberto pela investigação. O número do registro profissional do médico que aparece no documento estava errado, pois possuía um dígito a mais em relação ao número correto.
Além disso, a Polícia Civil verificou outros elementos divergentes, como a diferença de tons de cor na impressão do atestado e do modelo fora do que é usual na UPA de Caldas Novas.
A unidade de saúde foi procurada pela polícia e informou que o homem não recebeu nenhum atendimento na data informada no documento falso.
Pena de até seis anos
No interrogatório, sem entrar em detalhes, o trabalhador confessou que apresentou o atestado médico na empresa. No entanto, ele não forneceu mais informações além disso e optou por permanecer em silêncio.
O crime por uso de documento público falso tem pena que pode chegar a até seis anos de prisão, e multa.