Agente prisional armado agride jovem com socos, coronhadas e chutes em Padre Bernardo; vídeo
“Eu entendo que aquela atitude minha, naquele momento, foi bem exagerada. Não precisava daquilo. Eu me arrependi. Já fui à delegacia e prestei os esclarecimentos”, afirmou.
Em nota, a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que o agente é servidor da prefeitura cedido ao estado e que, no momento da agressão, ele estava de folga e portava uma arma de uso particular. O órgão afirmou ainda que “serão instaurados procedimentos administrativos que o caso requer e, se for o caso, o agente será afastado de suas funções ou devolvido à administração municipal”.
Já a Prefeitura de Padre Bernardo disse que o servidor está emprestado ao estado desde 2011 e que o município repudia e censura todo e qualquer ato de abuso de autoridade. “Eventuais transgressões desta natureza deverão ser apuradas em processo regular”, informou em nota.
O caso
As agressões aconteceram no dia 24 de fevereiro. No entanto, o vídeo começou a circular nas redes sociais nesta semana.
Em um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) registrado no dia do fato, o jovem narra aos policiais que três dias antes de ser golpeado pelo agente prisional se envolveu em uma briga com o filho do servidor público e trocou agressões com ele durante uma festa com som automotivo.
Segundo o rapaz, no dia seguinte ao evento, ele soube que Amilton estava procurando por ele na cidade com o objetivo de vingar o que o havia acontecido na festa. Dias depois, conforme o jovem, ele foi calibrar os pneus de um carro no posto de combustíveis que fica em frente à unidade prisional onde o agente trabalha, momento que começou a ser agredido.
No vídeo gravado por uma pessoa que presenciou o caso, Amilton, que veste uma camiseta preta, aparece com uma arma em punho e manda o rapaz colocar as mãos para cima. Em seguida, ele chuta, dá socos e coronhadas no jovem.
Uma funcionária do estabelecimento tenta segurar o agente, mas ele retoma as agressões, batendo com a porta do carro quando o rapaz vai entrar no veículo. No boletim de ocorrências não consta se o jovem precisou de atendimento médico.
Segundo a Polícia Civil, nesse caso, foi registrado um TCO por violência corporal leve e o caso já foi encaminhado ao Poder Judiciário, que ficará responsável por realizar audiência entre os envolvidos.
O G1 entrou entrou em contato com o Tribunal de Justiça de Goiás, na tarde desta quinta-feira (20), e aguarda retorno para saber como está o andamento do caso.
Fonte: G1 – GOIÁS