‘Máfia dos Concursos’: polícia prende 4 servidores da Secretaria de Saúde do DF suspeitos de participação no esquema
A Polícia Civil prendeu temporariamente, nesta quarta-feira (19), cinco suspeitos de integrar um esquema de fraudes em concursos públicos do Distrito Federal. Entre os alvos, quatro são servidores da Secretaria de Saúde.
Essa é a sétima fase da operação Panoptes, que teve início em 2016. Além das prisões, os policiais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão. A investigação está direcionada ao concurso da pasta realizado em 2015. Em nota, a Secretaria de Saúde informou que “está à disposição para colaborar com as autoridades policiais e prestando as informações que forem solicitadas”.
A ação policial ocorreu em imóveis residenciais localizados no Gama, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. Até às 10h30, os investigadores ainda não haviam localizado dois suspeitos e, por isso, quatro mandados, dois de prisão e dois de busca e apreensão, não haviam sido cumpridos.
Sobre os servidores, o delegado à frente do caso, Adriano Valente, disse que eles “aparentemente, ingressaram ilicitamente nos quadros da instituição”. Na casa de um dos suspeitos, os policiais encontraram uma espingarda . O funcionário, que não teve a identidade divulgada, vai responder por porte ilegal de arma de fogo.
De acordo com a investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), os alvos desta etapa da operação podem ser indiciados por crimes de fraude a certame de interesse público, organização criminosa, uso de documento falso e corrupção ativa. Somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
“As prisões temporárias, com prazo de cinco dias para se encerrarem, foram determinadas para auxílio das investigações, as quais ainda se encontram em curso, razão pela qual os nomes dos envolvidos não serão divulgados”, informou a corporação.
Operação Panoptes
A primeira fase da operação que investiga fraudes em concursos do Distrito Federal foi deflagrada em 2016. Desde então, mais de 70 investigados já foram indiciados.
Entre os membros da organização criminosa, segundo a Polícia Civil, são pessoas que prestaram algum tipo de auxílio ao esquema e funcionários públicos aprovados ilicitamente em concursos, como o do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Secretaria de Educação e do Corpo de Bombeiros.
A fase mais recente da operação ocorreu este mês. Em 1° de maio, a Polícia Civil deflagrou a 6ª fase da operação e prendeu um soldado do Corpo de Bombeiros suspeito de pagar R$ 40 mil à “máfia dos concursos” para ser aprovado na corporação.
De acordo com a investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), os alvos desta etapa da operação podem ser indiciados por crimes de fraude a certame de interesse público, organização criminosa, uso de documento falso e corrupção ativa. Somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
“As prisões temporárias, com prazo de cinco dias para se encerrarem, foram determinadas para auxílio das investigações, as quais ainda se encontram em curso, razão pela qual os nomes dos envolvidos não serão divulgados”, informou a corporação.
Fonte: G1 Distrito Federal