Greve do Metrô-DF completa um mês; sem acordo entre empresa e sindicato, paralisação continua por tempo indeterminado

A greve dos servidores da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) completa um mês nesta quarta-feira (19) e segue sem previsão para acabar. Uma audiência de conciliação entre a empresa e o sindicato dos metroviários terminou sem acordo nesta segunda-feira (17).

A sessão virtual foi mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região. Na audiência, o Sindicato dos Metroviários (SindMetrô) decidiu recusar a proposta da empresa e, portanto, deu continuidade à paralisação, que começou no dia 19 de abril.

De acordo com o Metrô-DF, foi proposto um acordo coletivo de trabalho para continuar discutindo as reivindicações dos servidores como a “13ª parcela do auxílio alimentação e quebra de caixa”. Entretanto, segundo o sindicato, a categoria pede “manutenção dos direitos e benefícios já acordados”.

Uma das pautas da categoria é a retomada do auxílio-alimentação, de R$ 1,2 mil, além de serem contra “descontos ilegais da greve de 2019 que, até hoje, não foram devolvidos”.

Em nota, o Metrô lamentou a decisão do sindicato e disse que vai aguardar o julgamento da ação de dissídio coletivo pelo TRT, ainda sem data definida para ocorrer. “A empresa permanece aberta ao diálogo com a categoria e continuará tomando todas as medidas administrativas, operacionais e judiciais cabíveis para atenuar os transtornos da greve à população do Distrito Federal”.

O sindicato também disse que se colocou à disposição da Companhia e que “não há impedimentos para a empresa aceitar a proposta”.

“Seguiremos, então, na luta pela manutenção dos direitos e benefícios históricos, com elaboração de defesa nos processos judiciais, buscando sempre o mínimo razoável para que se possa garantir dignidade e sobrevivência dos metroviários que, hoje, estão pagando para trabalhar”, informou.

Impactos

Os trens do Metrô do Distrito Federal funcionam com 80% da capacidade por determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), desde o dia 23 de abril. Inicialmente, o serviço operava com 60% da frota, por decisão do TRT. Veja operação atual:

  • Dias úteis
    Das 6h às 8h45 e das 16h45 às 19h30: 19 trens
    Das 8h45 às 16h45: nove trens
    Das 19h15 às 23h30: cinco trens.
  • Sábados
    Das 6h às 9h45 e das 17h às 19h15: 12 trens
    Das 9h45 às 17h: sete trens
    Das 19h15 às 23h30: cinco trens

Domingos e feriados
Das 7h às 19h: cinco trens

Com a greve, imagens de vagões lotados passaram a fazer parte do cenário no Distrito Federal. Na sexta-feira (14), usuários do transporte público registraram a situação . Nesse dia, um dos veículos do Metrô soltou fumaça e precisou ser removido dos trilhos.

Com o metrô cheio, os usuários relatam que não conseguem manter o distanciamento social, medida sanitária para evitar a disseminação do novo coronavírus.

Fonte: G1 Goiás

 

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