Médicos de Valparaíso de Goiás entram em greve por atraso salarial e condições precárias
Os médicos que atuam no Hospital Municipal do Céu Azul e no CAIS, em Valparaíso de Goiás, iniciaram uma greve na noite desta segunda-feira. A paralisação foi motivada por atrasos salariais e denúncias de condições de trabalho consideradas inadequadas, que, segundo os profissionais, impactam diretamente a qualidade do atendimento prestado à população.
A categoria afirma que os salários estão atrasados há dois meses e aponta uma série de dificuldades estruturais nas unidades de saúde. Entre as principais queixas estão a falta de insumos médicos essenciais, como tubos para intubação orotraqueal, medicamentos básicos e materiais de rouparia.
Os médicos destacam que, em algumas situações, os pacientes têm sido orientados a trazer seus próprios materiais, o que agrava a vulnerabilidade das famílias de baixa renda e, segundo os profissionais, pode estar contribuindo para o aumento dos índices de infecção hospitalar.
Outro problema apontado é a dificuldade na realização de exames laboratoriais, eletrocardiogramas e radiografias, o que limita a capacidade de diagnóstico e tratamento. De acordo com os grevistas, as condições atuais não apenas comprometem o atendimento aos pacientes, mas também dificultam o exercício pleno de suas funções.
Nota de Esclarecimento da Prefeitura de Valparaíso de Goiás
A Secretaria Municipal de Saúde informa que foi realizado um esforço conjunto para regularizar os pagamentos dos profissionais de saúde, assegurando a continuidade dos serviços essenciais à população.
Nas últimas semanas, enfrentamos atrasos nos repasses federais e estaduais, o que exigiu ajustes internos para evitar interrupções, especialmente em unidades de urgência e emergência. Para assegurar o funcionamento adequado, priorizamos a normalização dos estoques e a regularização dos pagamentos aos profissionais, garantindo que nenhum serviço fosse impactado.
Reforçamos que os pagamentos já estavam previstos e programados, sendo essa uma ação prioritária e independente de quaisquer indicativos de paralisação. Todos os responsáveis técnicos e representantes das unidades 24 horas foram devidamente informados sobre as providências tomadas. Além disso, foi estabelecido um cronograma de pagamentos para garantir que situações como essa não voltem a ocorrer.
O compromisso da Secretaria com os profissionais de saúde e com a população permanece inabalável. Continuaremos trabalhando para superar desafios e oferecer serviços de qualidade com responsabilidade e transparência.