Brasil propõe reforma na governança global para impulsionar a paz e a segurança internacionais

A próxima cúpula do G20 no Rio de Janeiro reúne líderes de 19 das maiores economias globais, junto à União Europeia e União Africana, para abordar a governança e segurança globais. Esse evento traz à pauta conflitos atuais, como a guerra entre Rússia e Ucrânia e os recentes confrontos entre Israel e Gaza. Esses conflitos geram instabilidade econômica e política, com consequências para a população mundial.

O Brasil, anfitrião e presidente rotativo do G20, apresenta a proposta de reformar o sistema de governança global, defendendo uma maior representatividade no Conselho de Segurança da ONU e reforçando a cooperação com a Assembleia Geral. Essa reformulação visa fortalecer o Conselho, que é o principal órgão responsável pela paz e segurança internacionais. Em setembro, os ministros de Relações Exteriores do G20 expressaram apoio a essa mudança, destacando a necessidade de uma ONU mais inclusiva e funcional.

Especialistas, como o professor Augusto Teixeira, observam que, embora o apoio à ampliação do conselho seja positivo, a mudança encontra resistência dos membros permanentes, que mantêm o poder de decisão. Segundo Teixeira, ceder parte desse poder a outros países não é algo que ocorre facilmente.

Mariana Kalil, da Escola Superior de Guerra, acrescenta que o Brasil deve enfatizar a importância de mais representatividade nos fóruns internacionais, embora a cúpula não deva definir detalhes específicos da reforma.