Goiás sanciona lei de proteção às mães atípicas para fortalecer rede de apoio

O governador Ronaldo Caiado sancionou a lei que institui a Política Estadual de Atenção e Proteção às Mães Atípicas, criando ações específicas para dar visibilidade e apoio às mães de crianças com deficiências, síndromes, transtornos e doenças raras. A nova legislação, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) em 10 de outubro de 2024, visa conscientizar a população sobre os desafios enfrentados por essas mães e fortalecer as redes de apoio e cuidados especializados para elas.

Entre as principais iniciativas da nova lei está a criação da Semana Estadual das Mães Atípicas, a ser realizada anualmente na terceira semana de setembro. O evento promoverá palestras, debates e atividades voltadas para mães, profissionais de saúde, assistentes sociais e educadores, com o objetivo de aumentar a conscientização e o suporte emocional para essas famílias.

O secretário de Saúde de Goiás, Rasível Santos, destacou a sensibilidade do governo estadual em reconhecer as dificuldades dessas mães e a necessidade de uma rede de apoio forte. Segundo ele, a Secretaria de Saúde (SES-GO) já está se mobilizando para ampliar as discussões e o conhecimento sobre o papel das mães atípicas, especialmente durante a semana estadual.

O neuropediatra Hélio Vanderlinden, do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), também elogiou a lei, observando que, além de focar nas pessoas com deficiências, a nova política direciona atenção às mães, que frequentemente carregam uma carga emocional e física desgastante.

Rede de atendimento especializada

Em Goiás, o Crer é uma das unidades de referência no atendimento a crianças com transtornos que afetam o desenvolvimento. A SES-GO também coordena uma rede de Centros Especializados em Reabilitação (CER) que oferecem atendimento em diversas áreas, como reabilitação física, auditiva, visual e intelectual. Essa rede inclui centros de apoio a pessoas com transtorno do espectro do autismo, além de parcerias com instituições como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e a Associação Pestalozzi.

Outros importantes centros de suporte no estado incluem a Vila São Bento Cottolengo, em Trindade, e o Centro Estadual de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi), que oferecem atendimento especializado para as crianças e acolhimento para suas mães. Esses esforços integram uma rede que visa oferecer apoio integral para as mães atípicas e suas famílias.