Diretor acusado de assédio sexual é afastado de hospital em Luziânia

Um diretor do Hospital Regional de Luziânia foi acusado de assediar sexual contra colegas de trabalho dentro do hospital. Os atos de assédio, de acordo com a vítimas, aconteciam com piadas durante os plantões e por mensagens pelas redes sociais. O acusado foi afastado de suas funções.

Em uma troca de mensagens com uma das vítimas, o homem pergunta se a médica é cardiologista, porque se fosse ela poderia cuidar do coração dele. Constrangida, a moça responde que mal é médica. No dia seguinte, ele volta a “cantar” e fazer elogios excessivos a mulher. A vítima relata ainda que o suspeito saia da UTI em direção a sala que ela estava e passava grande parte do tempo de seus plantões no local ocupado em fazer comentários de cunho sexual, o que deixava todos constrangidos.

A situação teria se agravado quando o médico foi promovido a diretor da instituição. “A todo tempo ele tentou tirar a mim e a menina pediátrica (outra vítima) da escala. Ele só não tinha, até então, mexido como ele queria, porque tínhamos a proteção do nosso coordenador médico”, afirmou a vítima.

Cansada das insinuações e ao descobrir que o chefe assediava outras colegas, a mulher decidiu denunciar. Mesmo com receio, ela entrou em contato com a coordenação médica. “Ela nos orientou a escrever uma carta, orientou a forma de fazer, a quem entregar” disse a moça.

As vítimas procuraram o Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), que administra o hospital, e a Polícia Militar para fazer o boletim de ocorrência. No último sábado (25), uma das médicas denunciantes foi dispensada de suas funções; a outra teve a carga horário reduzida em 40%.

A Delegacia da Mulher foi procurada por possíveis outras vítimas. De acordo com delegado responsável pelo caso, as denúncias correm em sigilo e serão encaminhadas ao Ministério Público.

Na segunda-feira (27), o investigado disse aos colegas, em um grupo de mensagens, que foi temporariamente afastado e só se pronunciará após a decisão do Ministério Público.

A administração do Hospital Regional de Luziânia informou que o contrato com o médico foi rescindido e que ele já não faz mais parte do quadro de funcionários da unidade de saúde.

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