Paciente denuncia agressão de enfermeiras do Hospital de Base : “Batia na minha cara”

Uma mulher que ficou internada por duas semanas no Hospital de Base do Distrito Federal denunciou ter sido agredida por funcionárias da unidade de saúde na madrugada da última segunda-feira (30).  Segundo Lays Natália Alves, 34 anos, ao passar por uma crise de ansiedade, ela foi puxada pelo cabelo, pelos braços e pelas pernas. Conforme conta a paciente, foi realizada uma operação no tendão de Aquiles dela durante a tarde de domingo (29) e, na mesa de cirurgia, começou a se sentir mal. Depois do procedimento, chegou a pedir para que tivesse um acompanhante com ela, o que foi negado. “Com ar de deboche, a enfermeira disse que não poderia liberar, pois eu era ‘maiorzinha’ e conseguia me cuidar”, conta.

Durante a madrugada, uma nova crise ocorreu. Lays começou a se sentir sufocada, e as colegas de quarto passaram a gritar por ajuda. Uma enfermeira apareceu, mas não fez nada. Com a insistência, a funcionária retornou e deu um remédio. “Tomei, mas vomitei, pois estava vomitando muito. Aí, ela disse que tinha me dado a medicação, mas, se eu não quis, o problema era meu.”

Ainda passando mal, a paciente ouviu da enfermeira que deveria aguardar o médico ou que ela mesma fosse atrás de um. “Por causa da cirurgia que eu fiz, não posso andar. Eu desci da cama, sentei num lençol e fui me arrastando nos corredores do Hospital de Base até conseguir entrar no elevador”, revela.

Um enfermeiro tentou acalmar Lays, mas a chefe de enfermaria apareceu durante a conversa e começou a puxá-la de volta para o quarto. “Começou a puxar pelos cabelos, tentava me pegar e batia muito na minha cara. Depois, começou a pegar pela perna, e eu comecei a gritar de dor, pois eu tinha acabado de fazer a cirurgia, mas só me largou quando acertei com a minha outra perna o pescoço dela”, lembra.

A técnica que tinha maltratado a paciente anteriormente reapareceu e ameaçou pegar no local da cirurgia para apertar. “Ela olhava para mim, ria e falava que não estava puxando até largar meu pé de uma altura de meio metro e bater com tudo no chão”, detalha.

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