Sargento dos bombeiros que passou mão em seio de adolescente de 14 anos, no DF, volta ao trabalho na corporação
O sargento do Corpo de Bombeiros Claudiney Valadares Lula, de 48 anos, retornou ao trabalho na corporação após ser preso por passar a mão no seio de uma adolescente de 14 anos. O caso ocorreu dentro de um supermercado de Ceilândia, no Distrito Federal, e foi registrado por câmeras de segurança.
O militar foi detido em flagrante na sexta-feira (4) e deixou a cadeia no dia seguinte, por decisão da Justiça e sem necessidade de pagar fiança. Segundo o Corpo de Bombeiros, após deixar a prisão, Claudiney voltou a trabalhar no serviço administrativo (interno). Atualmente, ele recebe salário bruto de R$ 11.977,51, conforme mostra Portal da Transparência do Distrito Federal.
O sargento já havia sido preso em fevereiro deste ano. Segundo o Corpo de Bombeiros, ele foi detido por “abandono de posto”, mas também conseguiu alvará de soltura na Justiça e, desde então, responde a um processo militar. O G1 tenta contato com a defesa do suspeito.
De acordo com o Código Penal Militar, abandonar, sem ordem superior, o posto ou o lugar de serviço que tenha sido designado e o serviço que cumpria, antes de terminá-lo, é considerado crime. A pena é de três meses a um ano de prisão.
A reportagem questionou o Corpo de Bombeiros sobre os procedimentos de retomada do serviço após prisões de militares, entretanto, não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Importunação sexual
Câmeras de segurança do estabelecimento flagraram o crime. As imagens mostram que a adolescente de 14 anos passava no corredor com a mãe e o irmão. O militar vinha no sentido oposto e, quando cruzou com a jovem, passou a mão no seio dela.
A vítima se virou e parou, parecendo tentar entender a situação. Em seguida, ela denunciou o sargento para os parentes. Clientes da loja então detiveram e agrediram Claudiney (veja vídeo abaixo).
Em seguida, a Polícia Militar prendeu o sargento e o levou à Delegacia de Atendimento Especial à Mulher II (Deam II), em Ceilândia, onde ele foi autuado por importunação sexual, crime com pena prevista de 1 a 5 anos de reclusão.
Durante audiência de custódia, no sábado (5), a Justiça decidiu liberar o militar. Ele cumpre algumas medidas, como não se aproximar da vítima e dos familiares dela e não frequentar o supermercado.
Após o crime, o Corpo de Bombeiros divulgou nota e disse que “vem acompanhando todos os procedimentos apuratórios e em momento oportuno, se confirmando a veracidade das informações, como de praxe, tomará todas as medidas administrativas cabíveis e necessárias para o caso”.
Fonte: G1 Distrito Federal