Polícia investiga maus-tratos a menina de 2 anos que foi levada a hospital sem duas unhas e com lesões no intestino, em Goiânia

A Polícia Civil investiga maus-tratos contra uma menina de 2 anos que foi levada a um hospital de Goiânia sem duas unhas e com ferimentos pelo corpo, inclusive, no intestino, que teve de ser 40% retirado. Segundo o Conselho Tutelar, que também acompanha o caso, a mãe e o padrasto da criança afirmaram que os ferimentos foram causados depois que a menina caiu de bicicleta.

Os nomes dos responsáveis pela criança não foram divulgados pela corporação e eles não foram presos. Portanto, o G1 não conseguiu localizar a defesa deles. O pai da menina, segundo o conselheiro Carlin Júnior, morreu quando cumpria pena em um presídio de Goiás.

A criança foi levada pelo padrasto e pela mãe ao hospital no dia 10 de maio. Segundo o conselheiro, ao chegar na unidade de saúde, os médicos constataram que a menina apresentava lesões que haviam sido provocadas há mais de uma semana, ou seja, não tinham sido ocasionadas pela queda de bicicleta como eles informaram assim que receberam o primeiro atendimento.

“Pelo o que eu vi com os meus próprios olhos, os ferimentos que ela tinha no corpo foram causados por alguém. Ela estava sofrendo maus-tratos, isso eu tenho certeza. Só não posso afirmar quem causou, porque aí já é trabalho da polícia”, afirmou Júnior.

Ainda de acordo com o conselheiro, a menina ficou internada na unidade de saúde por seis dias e recebeu alta no último domingo (16). Segundo ele, os médicos afirmaram que, caso a menina levasse mais tempo para ser atendida, poderia não resistir e morrer.

“Além do intestino estar necrosado, ela tinha coágulos pelo corpo, segundo o relatório médico. Então, se demorasse mais um pouquinho, ela poderia não aguentar”, disse.

 

Em nota, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), informou que o caso está sendo investigado e que as diligências estão em andamento. Ainda segundo a corporação, a menina foi retirada da mãe e o inquérito deve ser concluído nos próximos dias.

Fonte: G1 Goiás

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