GDF desenvolve ações sociais a favor dos índios em meio à pandemia
A comunidade indígena do Distrito Federal integra o público acompanhado pela Política de Assistência Social local. Com isso, desde o início da pandemia, as ações voltadas para essas pessoas precisaram ser intensificadas.
“Desde o início da disseminação vertiginosa da doença, passamos a acompanhar de perto as comunidades tradicionais. São grupos com menos estrutura e com costumes próprios que precisam de atenção ainda maior do Estado em um momento como este”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha.
A pasta homenageou o Dia do Índio, que transcorre nesta segunda-feira (19), com a divulgação de material sobre as ações desenvolvidas em benefício dos povos indígenas do Distrito Federal, especialmente em relação à inclusão desses grupos entre os segmentos prioritários para vacinação contra a covid-19.
Laços familiares
“NESSE ÚLTIMO ANO, ATUAMOS COM FOCO TAMBÉM NO PREENCHIMENTO E ATUALIZAÇÃO DO CADASTRO ÚNICO DESSAS FAMÍLIAS, COMO HÁ MUITO TEMPO NÃO OCORRIA”ÁRINA CINTHYA, GERENTE DO CENTRO DE REFERÊNCIA DA DIVERSIDADE
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Diversidade, na Asa Sul, reforçou os laços entre 43 famílias. Esses cidadãos integram, em sua maioria, as comunidades Guajajaras, que vivem na região do Setor Habitacional Noroeste.
De acordo com a gerente do Creas Diversidade, Árina Cinthya, foi feito um acompanhamento sistemático, de forma virtual, pela unidade, e sem interrupção no período da pandemia. “Nesse último ano, atuamos com foco também no preenchimento e atualização do Cadastro Único dessas famílias, como há muito tempo não ocorria”, explica a gestora.
Esses cidadãos integram o grupo prioritário de vacinação contra a covid-19. Assim, Árina lembra que todos foram imunizados no último mês.
2ª dose e acolhimento
Uma ação ocorreu também no Gama, por meio de articulação do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da região. No dia 7 deste mês, 48 cidadãos de diversas etnias receberam a segunda dose da vacina contra a doença. São representantes de grupos como Kamaiurá, Matipu, Tapuia e Jjavaé, entre outros, que compareceram ao Estádio Walmir Campelo Bezerra, o Bezerrão, para a aplicação do imunizante após serem encaminhados pelo Cras.
Por fim, 79 venezuelanos da tribo Warao seguem abrigados em unidade montada, emergencialmente, em São Sebastião. No local, os refugiados recebem toda a estrutura necessária para a sobrevivência.
Além da Sedes e da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), participam do projeto-piloto de atendimento a organização Cáritas Arquidiocesana de Brasília, com o apoio da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH).
Vale ressaltar que as unidades de acolhimento atendem, eventualmente, essas populações. Por exemplo, passou pelos alojamentos provisórios o paraense Pablo Manhuari, indígena de 31 anos, que chegou a Brasília em meio à pandemia e se viu sem um teto na capital. Após conseguir um emprego, ele tenta retomar a carreira de atleta e seguir sua vida.
Fonte: Capital do Entorno