Professora tem alta do Hospital Regional de Luziânia após 59 dias de UTI
“Sei que sou um milagre. Deus ouviu e respondeu minhas orações. Em momento algum eu perdi minha fé”, diz emocionada a professora Simone Alves Rabelo Meireles, 40 anos, depois de permanecer 66 dias internada no Hospital Regional de Luziânia (HRL) com coronavírus.
A jovem professora deu entrada no dia 24 de setembro no HRL com 50% de comprometimento dos pulmões e precisou da ajuda de oxigênio. No dia seguinte, o quadro piorou e ela foi transferida para a UTI. Foram 59 dias internada em que a professora se apegou à esperança de rever sua família e sair com saúde do hospital.
Neste período, foi entubada e precisou de uma traqueostomia. Ajudada pela equipe de saúde do hospital, aos poucos foi melhorando até voltar novamente para a enfermaria. Ao receber alta, a professora foi recebida com faixas, música e balões por sua família, amigos e o pessoal da Secretaria da Educação da cidade. Os profissionais de saúde do hospital também homenagearam Simone cantando a música ‘Quão grande é o meu Deus’, da cantora Soraya Moraes.
“Saí muito emocionada ao ver a equipe do hospital vestida de branco, segurando balões e cantando. Explodi de amor quando meu esposo me trouxe flores e colocou novamente a aliança em meu dedo”, contou Simone.
Altas de Novembro
O HRL tem muito a comemorar em novembro. No total, foram 43 pessoas recuperadas na unidade hospital, que puderam voltar em segurança para o conforto de sua casa e de suas famílias.
Além da professora, outro paciente também ficou feliz em voltar para a casa: o cantor sertanejo Ronaldy Silva, conhecido pela voz marcante e as músicas animadas, que agitam a região do entorno do Distrito Federal. Com 50% dos pulmões comprometidos, Ronaldy precisou deixar seu principal instrumento de trabalho, sua voz, descansando por um tempo.
Durante seus sete dias internados, o cantor recebeu o apoio e carinho em mais de 500 comentários em suas redes sociais. Foi também pelas redes sociais que ele deixou uma mensagem alertando sobre a importância dos cuidados necessários para evitar a doença.
“O coronavírus não acabou. Não vivam como se estivesse tudo normal e não existisse mais esse vírus. Ele está no nosso meio. Eu sou a prova viva disso. Deus me permitiu dizer a todos você para se cuidarem e cuidarem de quem vocês o amam”, finalizou.
Sobre HRL
O Hospital Regional de Luziânia (HRL) começou a receber os primeiros pacientes com sintomas de Covid-19 no dia 20 de maio de 2020. Vieram transferidos pela central estadual de regulação de vagas do Estado de Goiás. Os leitos são ocupados gradualmente, a partir da avaliação diária e conjunta da direção com a Secretaria Estadual de Saúde.
Estadualizado, após passar oito anos em obras, o HRL foi o primeiro hospital do entorno do Distrito Federal dedicado a tratar pacientes com sintomas respiratórios agudos causados pelo novo coronavírus. Cerca de 1,2 milhão de pessoas, que moram na região, são beneficiadas pelo Hospital Regional de Luziânia.