Internado na UTI, João de Deus responde bem aos medicamentos, diz defesa
Condenado por crimes sexuais, líder religioso estava em prisão domiciliar e foi transferido para hospital particular de Brasília. Quadro clínico é considerado de alto risco.
Por Carolina Cruz, G1 DF
26/10/2020 14h34 Atualizado há 2 horas
João Teixeira de Faria, de 79 anos, conhecido como João de Deus, está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio Libanês, em Brasília, desde o último sábado (24). No começo da tarde desta segunda-feira (26), o advogado do médium, Marcos Maciel Lara, disse que ele “responde bem aos medicamentos”, mas segue sem previsão de alta.
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João de Deus passou mal na sexta-feira, em Anápolis (GO), sentindo fadiga e dor na região do tórax. Inicialmente, ele foi atendido em Goiânia, onde cumpre prisão domiciliar por abusar sexualmente de mulheres durante atendimentos espirituais.
O quadro clínico do líder religioso é considerado de alto risco, segundo o hospital. Os sintomas são provocados por um problema circulatório.
No entanto, o próprio hospital informou que desde o início da internação, “João de Deus está consciente, conversa normalmente e não precisou ser entubado”.
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No entanto, o próprio hospital informou que desde o início da internação, “João de Deus está consciente, conversa normalmente e não precisou ser entubado”.
Internação
João de Deus ficou preso entre dezembro de 2018 e março de 2020, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Porém, foi solto em março deste ano para cumprir a pena em regime domiciliar, pelo alto risco de contágio da Covid-19 no presídio.
Não há registro de autorização judicial no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) que permita a saída de João de Deus do perímetro ao qual está preso. Entretanto, de acordo com o órgão, a comunicação pode ser feita posteriormente em casos de saúde.
A defesa informou que está providenciando a comunicação.
Sentenças
João de Deus foi condenado a mais de 60 anos de prisão por posse ilegal de arma de fogo e crimes sexuais cometidos contra mulheres, enquanto fazia atendimentos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.
Até janeiro deste ano, foram três condenações por crimes sexuais cometidos contra nove mulheres:
1ª – por posse ilegal de arma de fogo, pena de 4 anos em regime semiaberto, novembro de 2019;
2ª – por crimes sexuais cometidos contra quatro mulheres, condenado a 19 anos em regime fechado, em dezembro de 2019;
3ª – por crimes sexuais cometidos contra cinco mulheres, sentenciado a 40 anos em regime fechado, janeiro de 2020.